IPATINGA - No final da década de 1960 e princípio da década de 1970, a vida noturna em Ipatinga praticamente não existia. Quem quisesse se divertir, tinha que se deslocar até Coronel Fabriciano para frequentar locais como a “Boate Escritório” e a “Cabana”.

Depois de beber tudo que tinha direito, era hora de voltar para casa. Normalmente, a turma vinha faminta, precisando comer alguma coisa antes de dormir.

Em frente à então rodoviária do bairro Horto (foto) funcionava o “Restaurante Almanara”, parada obrigatória dos boêmios que vinham comer seu famoso “mexidão”.

No misturado vinha, provavelmente, a sobra do almoço do dia: arroz, feijão, pedaços de bife, batatas fritas, macarrão e o famoso ovo arredondado, que era colocado no topo da montanha de comida, edificada em um prato.

Certo é que o “mexidão” podia até mesmo ser feito com restos do almoço, mas era a salvação da madrugada para os boêmios famintos e também de trabalhadores nas trocas de turno.


Fonte: Coluna “Ipatinga Cidade Jardim 50 anos” – Jornal Diário do Aço – 23 de março de 2014


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