A MARCA DE UM EMPREENDEDOR
Membro atuante do Lions Club de Coronel Fabriciano, onde desenvolvia campanhas humanitárias e sociais, como por exemplo, o programa que proporcionava exames de vista a pessoas carentes, com doação de armações e outros mais. Católico praticante, ativo e nunca discriminou outras religiões.
Eliezer Bragança foi o fundador da rede de lojas Casas Bragança, que chegou a ter 12 filiais em toda a região do Vale do Aço. Eliezer exerceu também o cargo de vereador pela Câmara Municipal de Coronel Fabriciano, durante o período de 1977 a 1982, pelo partido ARENA (Aliança Renovadora Nacional).
FALECIMENTO
Eliezer veio a falecer dia 9 de janeiro de 2014. Ele tinha 80 anos e estava internado em decorrência de problemas de saúde que vinham se complicando nos últimos anos de vida. Em uma cerimônia no cemitério Vale da Saudade, em Coronel Fabriciano, onde foi velado e sepultado, marcou a despedida do homem que ficou conhecido por ser um dos principais pioneiros de Coronel Fabriciano, cidade que ajudou a construir.
"Faleceu o eterno cônsul do Galo, Eliezer Bragança. De clã pioneiro do Vale do Aço, era uma figura das mais simpáticas e atleticano fanático. Ano passado (2013), no almoço de seus 80 anos no Espaço La Fiesta, o caridoso Eliezer solicitou doações aos necessitados, em vez de presentes. Que Deus o receba e conforte sua família e amigos de luto", disse o colunista Francisco Neto, em sua coluna do jornal Diário do Aço (10 de janeiro de 2014).
BRAGANÇA MOVEIS
A primeira loja fundada em Coronel Fabriciano que se tornou de fato uma ampla rede foi a Casas Bragança, que chegou a ter 16 filiais. Instalada em 6 de janeiro de 1951, por Eliezer Bragança, no número 22 da Rua Quintiliano Pereira (Hoje número 138 da Rua Silvino Pereira), o estabelecimento começou vendendo cereais, carnes, sabão e tecidos. Tornada em seguida uma empresa familiar, integrada por Helvécio e Maurício, irmãos de Eliezer, a Casa Bragança (antes de tornar-se rede), inovou ao vender roupas prontas da Truforma, antiga fábrica de confecções gaúcha. Mas a loja comercializava também roupas feitas por costureiras locais. Em setembro de 1962, a loja passou a funcionar em prédio próprio, na esquina das Ruas Dr. Querubino e Silvino Pereira, vendendo móveis e eletrodomésticos. Sendo também a primeira da cidade a vender brinquedos em larga escala.
POLÍTICA
A política também fez parte da vida do pioneiro, eleito vereador para o período de 1977 a 1982, na gestão do prefeito Mariano Pires Pontes e do vice Clodomiro de Jesus, o Miro, que conheceu de perto o trabalho do empresário e a quem faz questão de chamar de irmão. “Mesmo depois que a gente saiu da política e parou de trabalhar no comércio, nós continuamos essa amizade fraterna. Ele foi uma pessoa extraordinária, que prestou bons serviços à comunidade e deixará muita saudade”, elogiou.
LIONS CLUBE
No Lions Clube de Coronel Fabriciano, Eliezer atuou por 47 anos, exercendo a presidência por duas vezes. Até o fim da vida, Eliezer era considerado verdadeiramente um “Companheiro de Juba Larga”. Era sempre presença marcante em todos os eventos, ações comunitárias e reuniões da entidade. Participou, como cidadão, dos maiores momentos da cidade e de seus pleitos, além de conhecer a cidade como poucos. Sabia das necessidades e carências das várias partes da cidade.
Conforme a atual presidente, Sonja Ione Neves Barcelos Costa, Eliezer Bragança recebeu a honraria máxima de “Companheiro Melvin Jones”, em referência ao fundador internacional do clube. “Ele era muito atuante desde a fundação do Lions na região, participava de todas as campanhas em prol da comunidade. Hoje estamos tristes, mas sabemos que ele deixou uma história gravada e dentro do Lions ele jamais será esquecido”, ressaltou.
DIRETOR LOJISTA
Como presidente da CDL, então Clube de Diretores Lojistas de Cel Fabriciano, teve uma marcante participação, pois foi um dos poucos que aceitou, convidou e trouxe toda uma nova geração para dentro da entidade, quebrando, com sabedoria, paradigmas.
O COMÉRCIO EM CORONEL FABRICIANO
No início de 1940 foi inaugurado outro importante estabelecimento comercial, a Casa Giovannini, de propriedade de Alberto Giovannini e Ari Barros, que oferecia ferragens, querosene e mantimentos. Outros estabelecimentos comerciais foram a Casa São Geraldo e a Casa Ataíde. Em 1948 foi inaugurada a filial da famosa rede de lojas Casas Pernambucanas. No ano seguinte foi a vez da loja A Soberana, de José Valentim Paschoal, irmão de João Valentim Paschoal. Nos primórdios de 1960 foram inauguradas as Casas Franklin, Predileta e Casas Buri, especializadas em tecidos e confecções.
Na década de 1970 já existiam em Cel. Fabriciano várias lojas de eletrodomésticos e móveis como a Bemoreira, com filiais em vários Estados do Brasil. A primeira farmácia da cidade foi a de Raimundo Alves de Carvalho, que depois foi o segundo prefeito de Cel. Fabriciano. Depois vieram as farmácias de Joaquim de Ávila Filho, de Geraldo Soares, de Alberto Batista Galo e Farmácia Rolim.
No ramo de hospedagem os primeiros estabelecimentos foram o Hotel da Dona Raquel e de seu esposo José Cornélio, que hospedava principalmente funcionários da Companhia Belgo Mineira; e as pensões da Baiana e da Tia Júlia. Em 1970, destaca-se o Hotel Gaspar, que funciona até hoje.
No segmento de bares, os estabelecimentos mais importantes foram o do Chico Baeta, do Durval, o do Nicanor, o Elite, e do Papai.
Nos anos 1970 um bar que fez história foi o do Zé Firmo. Nesta época também existiam algumas churrascarias importantes como a Cabana e o Barril.
VÍDEO: Jornal Cultura, 10 de janeiro de 2014. Coronel Fabriciano se despede de Eliezer Bragança.
VÍDEO: Conheça Coronel Fabriciano, cidade pioneira do Vale do Aço
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