IPATINGA - Paralelamente aos 30 anos de trabalho na Usiminas, Aurélio Caixeta atuou nas rádios da região, além de ser um colaborador assíduo da TV Cultura Vale do Aço e de jornais impressos. Foi dele a primeira voz da Rádio Educadora de Coronel Fabriciano, em 1966, durante a sua fase experimental. Trabalhou também na Rádio Vanguarda e na antiga Alvorada FM, sempre na área esportiva, como repórter de campo, comentarista ou noticiarista.
Aurélio Caixeta, além do trabalho na Usiminas, teve uma participação ativa na imprensa esportiva.
Caixeta também foi o primeiro titular de um programa de esportes na TV Cultura Vale do Aço, em 1992, onde atua como integrante da bancada do “Bola na Área”, único programa esportivo de uma TV regional. Caixeta é ainda diretor da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Ipatinga (Aapi).
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A VOZ DA IMPRENSA
“Sou natural de Coromandel, perto de Patrocínio (MG). Nasci no dia 1º de maio de 1940, sou da idade do Pelé. Fui criado em Patrocínio e Patos de Minas.
Casei-me com Maria Tereza Gomes Caixeta no Vale do Aço, em 1965. Tenho três filhos: Frazão Sérgio, Auri Cezar e Breno Augusto. Todos eles passaram pela Usipa, jogando basquete. Hoje, os dois mais velhos têm curso superior; o Auri Cezar é engenheiro metarlúrgico na Usiminas.
RÁDIO E FUTEBOL: LEMBRANÇAS DO PASSADO
Trabalhei em rádio desde os dezoito anos. Começei na Difusora, de Patrocínio. Depois, fui para a Rádio Clube, de Patos de Minas, onde fiquei até 1962.
Visando uma maior segurança, vim trabalhar na Usiminas em 1962, onde me aposentei mas sempre trabalhando nesta parte de comunicação. Inclusive, na época em que a Rádio Educadora de Coronel Fabriciano foi lançada, eu estive por lá.
Minha ligação com o esporte comecou quando voltei a mexer com rádio, na Educadora, fazendo o programa “Balanço na Bola”. Nos momentos em que os campeonatos de Coronel Fabriciano, Acesita e Ipatinga tinham um grande nível, a gente ia para o campo, ao meio-dia, abrir o programa e ficava por lá até a hora do jogo. Ali, a gente teve oportunidade de conviver com muita gente da área.
Do passado, a gente lembra de assistir aos jogos na beira do campo, na época em que havia também as empreiteiras com seus times. Lembro-me muito bem de vários jogadores e também da fundação da Liga de Esportes de Ipatinga.
Acompanhei o Social na época do profissionalismo, na priomeira e segunda fase, e acompanhei o Ipatinga desde sua fundação.
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PASSAGENS INTERESSANTES
Quando, em 1966, o Industrial foi o campeão, o meio-de-campo do time era o Reginaldo Casoti e Firmo Lott. Firmo Lott tinha uma história interessante: ele dizia que jogava uma partida de manhã, em Ipatinga; outra ao meio-dia, em Coronel Fabriciano; e à tarde, em Timóteo. Segundo ele, ia de bicicleta e voltava.
Outra passagem interessante foi na Rádio Educadora. Logo no início das operações, foi montada a equipe de Esportes e o Ricardo falou que sabia narrar futebol. Tinha um jogo na Usipa, a rádio montou a estrutura lá. Eu avisei o pessoal que o Ricardo não tinha condições de narrar. Eu conheço, já vinha de rádio há muito tempo. Mas, como eu tinha saído, eles acharam que queria perseguir o Ricardo.
Ele começou o jogo: aquela coisa toda, entrevista e tal. Mas, na hora que a bola rolou...ele engasgava, ele enrolava, até chegar ao ponto de ele falar no ar: “Puta merda! Eu não sei narrar isso não!”. O repórter que estava na ponta, eu não me lembro o nome, foi quem continuou a narrar a partida até que a rádio saiu do ar.
Esta passagem marcou demais e a Educadora ficou muito tempo sem transmitir jogos de futebol. Posteriormente, ajudou mjuito no desenvolvimento do futebol regional.
ALEGRIAS E TRISTEZAS DO FUTEBOL
Os melhores atletas daquela época foram: Jésus Nascimento, Carlos Wanderley, Fizinho e um grande amigo (que, quando chegava a Ipatinga, eu era a primeira pessoa que ele ia visitar) – o Edvaldo.
A gente viu Edvaldo começar e crescer, sabendo das dificuldades dele. Mas ele chegou a Seleção Brasileira e marcou presença, pelo carisma que tinha. Hoje, está enterrado na parte alta do Cemitério da Paz de Ipatinga, graças a uma intervenção minha junto a então secretária de Gogerno da PMI, Lene Teixeira. Foi uma participação minha de que tenho muito orgulho, porque o Edvaldo é um amigo que eu guardo até hoje no lado direito do meu coração.
Caixeta destaca finalmente: “O triste do futebol são essas agressões e invasões de campo””.
Fonte: Histórias da Bola - TV Cultura do Vale do Aço (Jornalista Waldecy Castro) e Coletãnea “IPATINGA Cidade Jardim”, autor José Augusto de Moraes.
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VÍDEO: HISTÓRIAS DA BOLA - TV Cultura Vale do Aço - Jornalista Waldecy Castro entrevista AURÉLIO CAIXETA NUNES
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