SEGUNDO PRESIDENTE DA USIMINAS
IPATINGA - Natural de Ouro Preto (MG), Amaro Lanari Júnior nasceu em 25 de outubro de 1913. Filho de Amaro Lanari e Marianna de Andrade Lanari formou-se em Engenharia Civil, de Minas e Metalurgia pela Escola de Minas e Metalurgia de Ouro Preto, na turma de 1936.
Exerceu diversas funções dentro da engenharia: foi engenheiro chefe da Laminação e Trefilaria da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, engenheiro de construção da Estrada de Ferro Brasil/Bolívia, engenheiro chefe da Siderúrgica Aliperti, em São Paulo, presidente da Cia. Aços Especiais Itabira S.A – Acesita (1957) e presidiu também a Usiminas por 18 anos (1958-1976). Na área acadêmica foi professor catedrático de Metalurgia Geral e Siderurgia da Escola Politécnica de São Paulo, (1943-1958).
Participou também de entidades e órgãos ligados à engenharia como vice-presidente e presidente da Associação Brasileira de Metais (1962-1964), vice- presidente e presidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia ( 1963-1968). Representou o Brasil junto ao Instituto Internacional de Ferro e Aço (1971-1976), foi diretor superintendente do Instituto Brasileiro de Qualidade Nuclear (1979-1983). Grande conhecedor da siderurgia de todo o mundo, sob encomenda do governo federal, realizou um longo estudo intitulado “Novas base para uma política siderúrgica”, que foi concluído em novembro 1978.
Seu conhecimento e sua experiência profunda na área siderúrgica despertaram o interesse de empresas e organismos internacionais, como o Banco Mundial, para o qual prestou trabalhos de consultoria em siderurgia ao Governo do Peru – SIDERPERU em1980. Pelo período de dois anos (1983-1985), foi presidente da FIAT Automóveis do Brasil da qual saiu para assumir a presidência da Siderbrás, Siderurgia Brasileira ligada ao governo federal de 1985-1987. No período de 1993-1997 exerceu o cargo de vice-presidente do BDMG (Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais).
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A CRIAÇÃO DA USIMINAS
“Eu acompanhava o movimento do empresariado mineiro para constituir a Usiminas, partindo da Federação das Indústrias e da Sociedade Mineira de Engenheiros. Foram eles que, quando Juscelino foi eleito Presidente da República, criaram uma empresa piloto, a Usiminas, a conselho do próprio JK, para procurar implantar esse projeto. Nós definimos com os japoneses uma usina de 500 mil toneladas, tamanho adequado para a época. E aí foi preciso transformar o Projeto Piloto já existente da Usiminas, presidida por Lídio Lunardi, na Usiminas definitiva que tinha a associação de capital já discriminada.
Veja a história do primeiro presidente da Usiminas LÍDIO LUNARDI
"FUI CONVIDADO POR JK PARA SER PRESIDENTE DA USIMINAS"
A maior parte da diretoria da Usiminas Piloto não quis participar da nova Usiminas. O Dr. Rache era contra uma usina de 500 toneladas, e achava que ela deveria ser de dois milhões de toneladas. Quem aceitou trabalhar na Usiminas foi o Dr. Janot Pacheco. Juscelino me chamou no Palácio das Laranjeiras, no Rio, me convidou para ser o presidente da Usiminas, e disse: ‘O Lídio não vai pôr nenhuma objeção porque, afinal de contas, quando a gente constrói um hospital, a gente põe um médico na diretoria. Quando se constrói uma usina siderúrgica, tem que pôr um engenheiro’”, lembrou Amaro Lanari.
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ESTRADA DE IPATINGA A BELO HORIZONTE
Segundo Amaro Lanari Júnior (foto), a estrada de rodagem de Ipatinga a Belo Horizonte, por onde passava todo o material para a construção da Usiminas, era de terra. "Normalmente, ela já não funcionava devido ao tráfego pesado de caminhões levando estruturas metálicas. Isso piorava na época das chuvas. Então, nós precisávamos de uma equipe permanente para manter a estrada em condições para a passagem dos caminhões. Essa equipe tinha, inclusive, um engenheiro que ficava lá o ano inteiro, para resolver os problemas nos momentos mais difíceis. Ninguém queria construir a estrada quando a Usiminas começou. Todo mundo dizia: ‘A Usiminas é que tem dinheiro, ela que faça’.
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O governo do Estado de Minas Gerais não quis realizar a obra. Só no fim do governo de José de Magalhães Pinto é que ele construiu a estrada e a asfaltou com dinheiro americano, por meio de empréstimos."
FALECIMENTO
Amaro Lanari Júnior veio a falecer em Belo Horizonte (MG), dia 7 de dezembro de 1999.
BAIRRO AMARO LANARI
Após a emancipação de Ipatinga, em 1964, Coronel Fabriciano herdou os dois núcleos habitacionais construídos pela Usiminas para alojar seus funcionários. Assim, Candangolândia (termo que provêm de "candango", isto é, peão) e Maringá se fundiram para formar o bairro Amaro Lanari. O nome é uma homenagem ao argentino e engenheiro Amaro Lanari (1887-1968), pai do ouro-pretense e também engenheiro Amaro Lanari Junior (1913- 1999) - 2º presidente da Usiminas, em 1958.
Amaro Lanari é um bairro do município brasileiro de Coronel Fabriciano, interior do estado de Minas Gerais. Localiza-se no Distrito-Sede, sendo que está situado no Setor 3, no extremo leste do perímetro urbano municipal. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população no ano de 2010 era de 6.924 habitantes, cujo valor representava 6,7% do total do município e estava distribuído em uma área de 1,326 km², sendo o bairro mais populoso da cidade.
Ao contrário da maior parte da cidade, o Amaro Lanari é um bairro planejado e de relevo plano, com ruas mais retas e bem dispostas. Foi projetado pela Usiminas para abrigar classes mais baixas de trabalhadores, e por isso se encontra perto da cidade de Ipatinga, sede da fábrica. Seu nome é uma homenagem ao pai do primeiro presidente da empresa, o engenheiro Amaro Lanari Júnior.
HISTÓRIA DO BAIRRO
O bairro Amaro Lanari foi originalmente projetado pela Usiminas para abrigar as classes mais baixas de trabalhadores da empresa, devido à crescente mão de obra, o que explica sua localização próxima ao município vizinho de Ipatinga. O relevo plano favoreceu a construção de suas ruas predominantemente retas e bem dispostas, vindo a ser fundado com toda a infraestrutura necessária. O nome recebido pela localidade homenageia o pai do primeiro presidente da Usiminas, o engenheiro Amaro Lanari Júnior, sendo que inicialmente o bairro era dividido em duas regiões; um lado denominava-se Maringá e o outro Candangolândia, porém elas foram fundidas. Apesar de pertencer a Coronel Fabriciano, não possuía nenhum acesso ao Centro da cidade, apenas através da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM).
O isolamento do resto de Fabriciano que persistiu até a conclusão das obras de revitalização da ligação com o Centro fabricianense levou o Amaro Lanari a ter uma forte influência de Ipatinga. A maior parte dos veículos do bairro foi emplacada em Ipatinga, assim como a maior parte das residências tem números de telefone ipatinguenses. Antes da unificação do DDD da Região Metropolitana do Vale do Aço, isso levava à situação em que ligações dentro de uma mesma cidade, de apenas cerca de 100 mil habitantes, estavam sujeitas a interurbano, quando fossem feitas do Amaro Lanari para outro bairro.
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O PAI "AMARO LANARI"
Nasceu em Flores, Argentina, a 10 de janeiro de 1887 e faleceu no Rio de Janeiro a 23 de março de 1968. Diplomou em Engenharia de Minas e Civil da Escola de Minas de Ouro Preto em 1909.
Atuou em diversas áreas, como político, industrial e fazendeiro. Ingressou no quadro técnico da Secretaria Estadual de Viação e Obras Públicas. Em 1912, como engenheiro de empresa particular, dirigiu a construção de trechos ferroviários em Minas Gerais e São Paulo.
Implantou a primeira usina siderúrgica de Minas Gerais, ao regressar de uma viagem á Europa, em 1915. Para isso contou com apoio do engenheiro Cristiano França Teixeira Guimarães, seu colega de turma, e de um grupo de homens de negócios. Assim, em 21 de janeiro de 1917, foi inaugurada a Companhia Siderúrgica Mineira, que instalou, em Sabará, o maior e mais moderno alto-forno da América Latina, à época.
Dirigiu até 1921 essa indústria, que passando para o controle acionário do grupo industrial europeu Aciéries Réunies de Burbach Dudelange Eich – ARBED – foi denominada Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira.
Em 1922, retornou ao serviço público, no cargo de diretor de obras da Prefeitura de Belo Horizonte, na administração Flávio Fernandes dos Santos, e ás construções ferroviárias.
Participou ativamente da preparação e coordenação do movimento revolucionário de 1930, quando adaptou empresas mecânicas e metalúrgicas para a produção de equipamento bélico, tendo em vista a possibilidade de, juntamente com outros engenheiros, assumir o controle das estradas de ferro, impedindo o deslocamento de tropas federais.
Em seguida, desempenhou as funções de secretário das finanças do Governo Olegário Maciel, de novembro de 1930 a dezembro de 1931. Colaborou com Francisco Campos e Gustavo Capanema na organização da Legião de Outubro, de inspiração fascista e que apoiava Olegário Maciel. Ao Institucionalizar-se a Ação Integralista Brasileira, a ela se filiou, tendo sido membro da Câmara dos Quarenta, principal órgão político daquele movimento.
Dirigiu posteriormente, a construção de vários ramais da Estrada de Ferro Central do Brasil e da Estrada de Ferro Brasil-Bolívia (1941-1943). Em 1945 fundou a empresa Siderúrgica Lanari S.A. Indústria e Comércio, com usina em Paracambi,RJ, e atividades no Estado de Mina Gerais e de São Paulo.
ESTÁDIO LANARI JÚNIOR da USIPA
O Estádio Larani Júnior da USIPA-Associação Esportiva e Recreativa Usipa foi inaugurado dia 7 de setembro de 1961. Durante mais meio século o estádio vem sendo palco da história do futebol usipense, que foi criado pensando no lazer dos funcionários da Usiminas, em 1959. Mas só no ano de 1961 é que o Lanari foi inaugurado, com capacidade para receber 3 mil espectadores.
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A CONSTRUÇÃO
Os tijolos para construção das arquibancadas e vestiários do Estádio Larani Júnior foram fabricados em uma maromba que existia no estacionamento, ao lado do portão lateral do estádio. Os outros recursos financeiros para a construção do estádio foram obtidos com a venda de sacos de cimento, vazios, utilizados na construção da Usiminas.
Em 1961 com o Estádio pronto, para marcar o início de tudo, o engenheiro Lanari Júnior deu o pontapé na partida inaugural do campo. Naquele 7 de setembro, a equipe da Usipa empatou por 1 a 1 com o Frimisa, de Santa Luzia, pela partida principal. Na preliminar, a equipe do América venceu o time do Valeriodoce por 4 por 1.
“A história do Estádio Lanari Júnior é a história do futebol usipense. Este campo foi palco de muitos momentos marcantes, não só para a cidade, como também para o futebol brasileiro”, ressaltou o gerente de Esportes, Nilson Moura em 2011. Até 1966 foram realizados diversos jogos contra grandes clubes do futebol brasileiro. Em alguns desses jogos a Usipa venceu o Cruzeiro, empatou com Atlético Mineiro e Flamengo, perdeu e venceu o Botafogo. Nessas partidas atuaram jogadores consagrados do futebol brasileiro como Tostão, Dirceu Lopes, Wilson Piazza, Raul, Fio Maravilha, Almir Pernambucano, Jairzinho, Didi, Zagalo, Gerson e Nilton Santos.
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Fonte: Ipatinga Cidade Jardim
VÍDEO: Usiminas Ipatinga - Processo de Produção de Aço
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