IPATINGA - Nasceu em Viçosa-MG, dia 24 de janeiro de 1917. Filho de Raphael Hardy, arquiteto e músico, que nasceu em Bruges, na Bélgica, diplomado pela Academia de Bellas Artes de Bruges, e de Marcília Silvino Hardy, natural de Viçosa-MG. Seu pai exerceu por vários anos as duas profissões em Belo Horizonte onde se aposentou como professor de violencelo pela Escola de Música de UFMG. Na condição de arquiteto foi um dos precurssores da Art-déco na capital mineira. Na década de 20 a família, composta por cinco filhos mudou-se para Belo Horizonte onde Hardy Filho se diplomou engenheiro arquiteto pela Escola de Arquitetura da UFMG no ano de 1937, seguindo a profissão do pai.
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FAMÍLIA E TRAJETÓRIA DO ARQUITETO
Raphael Hardy Filho casou-se com Luzia Teixeira da Costa, natural de Santa Luzia, e desse casamento nasceram 5 filhos: Álvaro Hardy "Veveco", Eliana Hardy, George Hardy, Bite Hardy e Antônio Hardy "Toninho"; 12 netos e um bisneto. Da Escola de Arquitetura tornou-se professor de Perspectiva, Estereotomia e Sombras no grau de Doutor e, posteriormente foi seu diretor.
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Aposentado pela UFMG no ano de 1977, Hardy também trabalhou na Secretaria de Viação e Obras Públicas e foi Superintendente da COHAB-MG. Começou sua trajetória profissional em 1938, como arquiteto - auxiliar da Comissão de Obras do Barreiro em Araxá-MG sob a orientação do arquiteto Luiz Signorelli, autor do Grande Hotel de Araxá. A partir de 1939, já de volta a Belo Horizonte, iniciou a sua produção arquitetônica representada por dezenas de edificações, tais como residências, edifícios públicos e outros. Entre esses destacam-se o Fórum Lafayette na rua Goiás, a sede do IPSEMG localizado na praça da Liberdade, o edifício residencial Nossa Senhora de Fátima que se encontra na esquina da rua Tupis com a rua Rio de Janeiro e a sede de Usiminas na Pampulha, que projetou junto com os arquitetos Istvan Farkasvolgyi e Álvaro Hardy (Veveco), seu flho.
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CIDADE DA USIMINAS
Também são de sua responsabilidade alguns projetos de planejamento urbano e rural destacando-se a Cidade da Usiminas em Ipatinga-MG (com a colaboração do arquiteto Marcelo Bhering) e o plano Urbanístico das Instalações Industriais da Fertisa em Araxá-MG. Já foi agraciado com o título de cidadão honorário de Santa Luzia-MG, com a Medalha da Inconfidência e recebeu ao longo de sua carreira profissional diversas premiações através de concursos públicos e privados.
Além disso, proferiu palestras e conferências em diversas cidades brasileiras e teve seus trabalhos publicados nas principais revistas nacionais. Foi presidente do IAB-MG em 1945-46 e exerceu nessa mesma instituição outras funções em períodos distintos da década de 40. Nas suas atividades acadêmicas atuou não só como professor mas também como membro de comissões julgadoras de concursos para professores em diversas universidades brasileiras, sendo credenciado como um dos arquitetos mais fecundos e atuantes da sua geração. Sua atuação fora da área de arquitetura e urbanismo revela o cidadão preocupado com os aspectos sociais e culturais de seu país.
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CARGOS E FUNÇÕES REALIZADAS
Professor Titular da Universidade Federal de Minas Gerais; Professor de Metodologia do PIanejamento Arquitetônico; Superintendente Técnico da COHAB - MG; Consultor de Urbanismo e Arquitetura das Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais - USIMINAS; Membro do Conselho Universitário da UFMG; Diretor da Escola de Arquitetura da UFMG; Arquiteto Auxillar da Comissão de Obras do Barreiro, 1938/39 - ARAXÁ - MG; Membro da Comissão Encarregada de Elaborar o Código de Obras do Estado de Minas Gerais - 1942; Membro de diversas comissões julgadoras dos Salões Mineiros de Arte (em vários anos); Membro da Comissão Julgadora do Concurso Nacional de Projetos para a nova Estação de Passageiros da Central do Brasll - 1948 - Belo Horizonte; Membro da Comissão de Recursos do Concurso Nacional de Projetos para a sede do Banco Comércio e Indústria de Minas Gerais - 1949; Presidente do Departamento de Minas Gerais do Instituto de Arquitetos do Brasil - 1945/46; 1º Secretário do Instituto de Arquitetos do Brasil - 1944.
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O PLANEJAMENTO DE IPATINGA
A formação do núcleo urbano de Ipatinga está atrelada a própria criação da Usiminas, já que antes da implantação da indústria, esta região era apenas um vilarejo com 60 casas e 300 habitantes. Em 1958, com a finalidade de se construir uma vila operária que atendesse às demandas habitacionais e urbanas dos seus futuros funcionários, a Siderúrgica Usiminas seleciona o arquiteto Raphael Hardy Filho para a elaboração do plano urbanístico de Ipatinga.
Em meio aos ideais modernistas, o Plano Urbanístico foi desenvolvido pelo arquiteto e apresentado em 1958. Coube a ele desenvolver um projeto para atender a vida social dos funcionários da Usina assim como às exigências feitas pela própria empresa. Nesse momento, o arquiteto mineiro renuncia à oportunidade de trabalhar na construção de Brasília que acontecia no mesmo período e convida o arquiteto Marcelo Bhering para desenvolverem, em conjunto, esse projeto.
O plano traçado com os recursos financeiros da própria empresa foi pautado nos fundamentos do urbanismo modernista, identificado nas tipologias adotadas nas residências e na trama urbana elaborada com o fim de direcionar o desenvolvimento futuro e as hierarquias funcionais.
O arquiteto Raphael Hardy Filho veio a falecer na cidade de Santa Luizia (MG), dia 6 de fevereiro de 2005, aos 88 anos de idade e a esposa Luzia Teixeira da Costa, faleceu no dia 12 de outubro de 2015, aos 96 anos.
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RAPHAEL HARDY, O PAI
Raphael Hardy nasceu na cidade Bruges, Bélgica, em 1893. Ele estudou arquitetura na Academia de Belas-Artes de Bruges (Bélgica) e violoncelo no Conservatório de Música da mesma cidade. Ganhou prêmio de viagem a Roma, onde passou um ano, aperfeiçoande-se em arquitetura.
Chegou ao Brasil em 1915, como arquiteto contratado da Estrada de Ferro Leopoldina Railway, radicando-se, inicialmente, em Viçosa/MG. Com o término da Primeira Grande Guerra, da qual participou de 1916 a 1918, retornou ao Brasil.
Sabe-se que, em 1922, teve as matrículas, como arquiteto e desenhista, registradas na Diretoria de Obras Públicas da Prefeitura de Belo Horizonte. Hardy só veio a se fixar definitivamente nesta cidade no início da década de 30, trabalhando como arquiteto da Construtora Morthé de Araújo, além de exercer sua profissão como autônomo.
O Museu Histórico Abílio Barreto de Belo Horizonte guarda uma planta geral da cidade de Belo Horzionte com data dezembro 1942 que é atribuído ao Raphael Hardy.
Ao longo de sua vida profissional, participou, como autor e colaborador, em diversos projetos em Belo Horizonte, citando-se, em 1934, o de duas residências na avenida Brasil, 1540, esquina com a rua Pernambuco (demolidas). Registra-se que alguns de seus descendentes seguiram-lhe a mesma profissão, como Raphael Hardy Filho, àlvaro Hardy e Mariana Machado Coelho Hardy.
Raphael Hardy faleceu em 1968 na cidade de Belo Horizonte, MG.
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ÁLVARO MARIANO TEIXEIRA HARDY "Veveco"
Álvaro Mariano Teixeira Hardy, o "Veveco", nasceu em Belo Horizonte (MG), no dia 4 de maio de 1942. Filho de Raphael Hardy Filho e Luzia Teixeira da Costa. Sua avó era mineira de Viçosa e seu avô era belga, tendo se estabelecido na cidade como músico e arquiteto, profissão seguida por Veveco e seu pai. Conheceu e tornou-se amigo de Milton Nascimento na segunda metade da década de 60, época em que o compositor fazia serenatas pela cidade, com Pacífico Mascarenhas e outros músicos. Conheceu os demais membros do Clube da Esquina na Boite Berimbau, famoso reduto dos músicos locais da época. Em diferentes momentos da trajetória do Clube, Veveco destacou-se nos bastidores de shows, festas e reuniões de amigos por uma de suas grandes paixões: a arte de cozinhar, que aprendeu com seu pai. Presença marcante na confraria do Clube da Esquina, Veveco foi homenageado por Milton Nascimento e Fernando Brant na composição “Veveco, Panelas e Canelas”, gravada originalmente por Beto Guedes no disco “Contos da Lua Vaga”.
Álvaro Mariano Teixeira Hardy faleceu em março de 2005.
VÍDEO: Veja o depoimento de Álvaro Mariano Hardy "Veveco" (Filho de Raphael Hardy Filho).
VÍDEO: Beto Guedes - Vevecos, Panelas e Canelas - 1981
Álvaro Mariano Hardy "Veveco" foi homenageado por Milton Nascimento e Fernando Brant na composição “Veveco, Panelas e Canelas”, gravada originalmente por Beto Guedes no disco “Contos da Lua Vaga”.
Fonte: Ipatinga Cidade Jardim
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