FAZENDA BARRA GRANDE
Pedro Soares morava em Santana do Paraíso quando, em 1927, adquiriu as terras da Fazenda Barra Grande. Pedro foi apontador responsável pela turma que colocava dormentes na Estrada de Ferro Vitória a Minas na década de 1920. Atuou também como tropeiro, carvoeiro e fazendeiro.
No principio, ele vinha sozinho para a fazenda, onde ficava a semana inteira, e só retornava a Santana do Paraíso nos finais de semana. Em 1935, o jovem casal Pedro e Anna estabeleceu- se nas terras adquiridas entre a parada da Estrada de Ferro Vitória a Minas e a Vila de Sant’Ana do Paraíso.
A primeira sede da fazenda ficava onde é hoje a subestação da Cemig, no bairro Bethânia. Ali, ele organizou uma estalagem para hospedar as pessoas que vinham de Mesquita para embarcar no trem que parava na estação ferroviária da atual rua Belo Horizonte e atual “Estação Memória”. Posteriormente, ele construiu uma nova sede, toda de braúna, perto da atual entrada para o bairro Vila Militar.
A Fazenda Barra Grande iniciava-se no atual bairro Vagalume, divisa com Santana do Paraíso, e terminava no bairro Jardim Panorama, nos limites da estrada que ligava Ipatinga ao município de Figueira do Rio Doce, hoje Governador Valadares. Fazia fronteira também, de um lado, com a fazenda “Prato Raso”, de Jair Gonçalves, e do outro lado com a fazenda “Esperança”, de José Anatólio Barbosa.
Preocupado com os filhos dos carvoeiros e dos demais trabalhadores, Pedro Soares não media esforços para criar um sistema de alfabetização. Daí surgiu a primeira escola da fazenda, a “Escola de Barra Grande”, que funcionava em duas salas de aula. Suas filhas foram as primeiras professoras da escola.
FAZENDA BETHÂNIA
Em março de 1950, Selim José de Salles adquiriu a Fazenda Barra Grande das mãos de Pedro Soares, localizada no município de Coronel Fabriciano. Mais tarde, foi denominada Fazenda Bethânia, no emancipado distrito de Ipatinga.
Dona Canuta, esposa de Selim, muito viajada, acompanhava o noticiário através do rádio, jornais e revistas. Na espaçosa varanda da fazenda recém-adquirida, avistava com olhares de otimismo a longínqua fumaça das chaminés da Usiminas e antevia a chegada do progresso em Ipatinga. De um ponto estratégico da varanda, convidava os filhos a olhar. E ai de quem nada via! Os filhos simulavam acreditar na fantasiosa visão da mente de Canuta. A fazenda, que era distante, hoje se transformou em um bairro pertinho... Como mulher, Canuta tinha a sensibilidade de antever o futuro! A fazenda se dividiu em loteamentos e hoje os clarões das chaminés se espalham pelo asfalto de seus bairros – Canaã, Canaãzinho, Vila Militar e Bethânia.
BAIRRO BETHÂNIA
O bairro Bethânia é originado de um loteamento feito em parte das terras que pertenciam à “Fazenda Barra Grande”. A fazenda, que posteriormente foi denominada de “Fazenda Bethânia”, era de propriedade do Pedrinho Soares, pai de Dona Bizuca, que a vendeu para Selim José de Salles em 1950.
O loteamento foi feito pela Imobiliária Sotil, de Pedro Linhares Gomes, em 1976. “Bethânia” ou “Betânia” era originalmente uma aldeia em Israel, bem próxima a Jerusalém e ao Monte das Oliveiras. É mencionada doze vezes na Bíblia como lugar que teria sido visitado por Jesus Cristo. Deu origem a nomes de diversas localidades em todo o mundo, de acordo com as variantes de cada idioma, como Bethany em inglês; sendo também usado como nome feminino, pois era o lugar onde morava a irmã de Lázaro, “Maria Betânia”.
O bairro Bethânia tem como ponto inicial e final o encontro dos eixos da Av. Nazaré e Av. Paris. Segue pelo eixo da linha de transmissão da Av. Paris até o limite intermunicipal; segue pelo limite do município até o ponto P 72 (62335; 30935); desce pelo divisor de águas até o encontro da Av. Gerasa com a Rua Pisa; deste ponto sobe até o ponto P 71 (61535; 30980); deste ponto segue ao ponto P 69 (61050; 31590); deste ponto ao ponto P 70 (60405; 31330), segue do ponto P 70 pelo espigão divisor de vertentes do morro que separa os bairros Bethânia e Chácaras Oliveira até o ponto P 58 (60830; 29675); segue deste ponto ao ponto P 59 (61160; 29590); prossegue ao ponto P 60 (51350; 29360); segue deste ponto ao encontro dos eixos das Av. Nazaré e Paris, ponto de partida.
Fonte: Coletãnea "IPATINGA Cidade Jardim" - José Augusto de Moraes
VÍDEO IPATINGA 1967: Um pequeno trecho de sua história. Extrato de um filme feito em 1967, na primeira administração do prefeito Jamil Selim de Sales. È algo sensacional. Prefeito Jamil Selim de Salles e o presidente da Usiminas, Amaro Lanari Junior, inauguram a Câmara Municipal de Ipatinga, o Palácio dos Três Poderes, o Ginásio de Assistência ao Menor. Visitam local onde será erguido o maior parque siderúrgico da América Latina, além de solenidades e show musical de encerramento.
VÍDEO IPATINGA 1973: Desenvolvimento gerado pela Usiminas na cidade de Ipatinga. Inauguração da Carpintaria e Oficina Mecânica, do Cemitério Parque Nossa Senhora da Paz, da Estação Repetidora, da Cidade dos Meninos e de duas pontes de concreto, obras realizadas pelo prefeito Darcy de Souza Lima.
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