RUA DO COMÉRCIO
Seu primeiro nome (Rua do Comércio) era uma homenagem à atividade econômica predominante no lugar. Pela Lei nº 248, de 8 de janeiro de 1954, quando Ipatinga ainda era um distrito de Coronel Fabriciano, passou ter o nome de Rua Doutor Louis Ensch, sob mandato do ex-prefeito fabricianense Raimundo Alves de Carvalho. Esta mudança não foi muito divulgada, e a população continuou a chamar a avenida de Rua do Comércio até que na década de 1970 o ex-prefeito ipatinguense Jamill Selim de Sales mudou o nome para a denominação atual, sendo que esta foi oficializada somente em 2008.
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HISTÓRICO DA AVENIDA VINTE E OITO DE ABRIL
Entre as cidades do Vale do Aço, Ipatinga é a cidade que apresentou o maior crescimento, desde a emancipação do município em 1964. Antes, a cidade era um lugarejo que vivia da exploração do carvão vegetal. Em 1954, Ipatinga tornou-se distrito de Coronel Fabriciano. O lugarejo tinha aproximadamente 300 habitantes que viviam sem nenhuma infra-estrutura. A construção da USIMINAS (1958) provocou um aumento populacional para o qual o lugarejo não estava preparado, o que implicou num processo de urbanização desordenada (exceto das áreas planejadas pela Usiminas).
Os líderes políticos locais organizaram um movimento reivindicatório, objetivando sensibilizar o governador de Minas Gerais Magalhães Pinto, a autorizar a emancipação de Ipatinga. Depois de várias articulações políticas e com muito esforço, a emancipação acabou ocorrendo em 29 de abril de 1964.
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OCUPAÇÃO DESORDENADA
Em 1959 a Avenida Vinte e Oito de Abril chamava-se “Rua do Comércio”. No local, poucas casas existiam e nenhuma infra-estrutura como água, rede de esgoto, rede pluvial e rede elétrica. O comércio existente se resumia a bares, mercearias e loja de tecidos. Os produtos oferecidos eram basicamente vendidos para pessoas da roça e para os carvoeiros.
Na medida em que as empreiteiras foram chegando para a construção da Usina, o mercado começou a ganhar força, mas a falta de infra-estrutura dificultava as atividades comerciais, pois no período das chuvas o caminhão que fazia o transporte das mercadorias não conseguia passar na via de acesso e atolava, fazendo necessário que esse fosse retirado com ajuda de tratores.
A Avenida Vinte e Oito de Abril foi palco de acontecimentos que marcaram a história do município de Ipatinga. Em 1960 foi criada a Sociedade dos Amigos de Ipatinga, essa associação liderada pelos partidos PSD e PTB, se reuniam em uma casa onde é hoje a loja Ribeiro situada na Avenida Vinte e Oito de Abril, dali saíram as motivações políticas reivindicando a emancipação do município.
A Sociedade dos Amigos de Ipatinga teve uma grande participação mais tarde na concretização do comércio no município e principalmente no comércio existente na Avenida Vinte e Oito de Abril, através da formação da “Associação Comercial”, que atuava em defesa dos interesses dos comerciantes.
No início o centro de Ipatinga onde se encronta a Avenida Vinte e Oito de Abril não teve planejamento urbano caracterizou-se pela ocupação desordenada, com a emancipação do município e a posterior construção da Prefeitura ( na esquina da antiga Rua do Comércio ), a Avenida Vinte e Oito de Abril bem como outras ruas comerciais, passaram por um processo de estruturação que num primeiro momento abrigou atividades diversificada como comércio, hotéis, pensões, destinados aos funcionários e operários solteiros da USIMINAS, e à população flutuante de compradores, vendedores e visitantes.
A rápida expansão comercial da Avenida Vinte e Oito de Abril, contribuiu para muitas contradições oriundas do processo de desenvolvimento do município de Ipatinga, como a exclusão de muitas pessoas que vieram em busca de empregos. A população excluída ocupou áreas de risco vivendo em barracos aos redores da Avenida, a prostituição, violência e marginalidades são rótulos impostos à essa população, os problemas com inundações e doenças também marcaram a história da Rua do Buraco.
Em meados da década de 1990, parte da população remanejada para casas populares no bairro Planalto II, construídas pela Prefeitura Municipal de Ipatinga, num processo de “Limpeza Urbana”. Apesar dessa população viver com melhores condições higiênicas-sanitárias, o estudo de Murta (2004), aponta que muitas pessoas desejavam não terem saído da Rua do Buraco.
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CARACTERIZAÇÃO DA AVENIDA VINTE E OITO DE ABRIL
Análise socioeconômica das lojas
Os estabelecimentos comerciais localizados na Avenida Vinte e Oito de Abril, em sua maioria não são proprietários dos imóveis onde funcionam, correspondem a 82%, apenas 18% dos comerciantes são proprietários dos imóveis.
O crescimento urbana da Avenida se deu através de uma reestruturação física dos estabelecimentos , antes todos os estabelecimentos se caracterizavam por terem apenas o andar térreo, hoje apesar de 69% terem apenas o andar térreo, a competitividade impõe a necessidade de se oferecer diversos produtos de diferentes modelos e várias marcas num mesmo estabelecimento, por isso 29% das lojas apresentam dois andares e 2% com três andares. A área de uma loja é de suma importância, tanto na acomodação dos produtos, mas também como forma de atração de consumidores.
58% dos funcionários recebem o salário de valor fixo que varia de 700 a 1.400 reais e 42% dos funcionários da avenida são remunerados através do salário comercial mais a comissão das vendas que são realizadas por eles.
As condições comerciais das lojas da avenida se baseiam no setor varejista, realizando a venda de seus produtos para os consumidores através da venda a vista e a prazo. As vendas feitas á vista representam 48% das vendas realizadas pelos estabelecimentos e 44% das vendas a prazo.
As lojas, buscam diversificar as formas de pagamento, como forma de atração de consumidores.
Ipatinga é um centro urbano-industrial, por isso há uma supremacia dos funcionários da USIMINAS em relação ao perfil dos clientes que as lojas da Avenida Vinte e Oito de Abril. Historicamente o crédito foi facilitado para os funcionários da Usiminas em função da crença de estabilidade financeira nas relações comerciais com esse perfil de consumidor. Em seguida, mas bem representativos, estão os funcionários da Prefeitura Municipal de Ipatinga e trabalhadores diversos que compõem o perfil dos clientes da Avenida Vinte e Oito de Abril.
As lojas da Avenida Vinte e Oito de Abril se caracterizam pelo comércio varejistas, os produtos comercializados são basicamente adquiridos em outras cidades e a maior parte dos produtos são de outro estado.
Os estabelecimentos arcam com várias tarifas e impostos na comercialização dos produtos, além de enfrentar grande concorrência do comércio informal, que funciona paralelamente as lojas formais. Os estabelecimentos formais realizam estratégias comerciais objetivando criar diferenciais para atrair mais clientes. Os investimentos em estrutura, qualidade dos produtos, atendimento e promoções são as principais estratégias para enfrentar o comércio informal.
Perfil socioeconômico dos freqüentadores / consumidores da Avenida Vinte e Oito de Abril
A Avenida Vinte e Oito de Abril é um centro polarizador do comércio local, tendo como combustível principal e impulsionador os consumidores. O gráfico 9 apresenta os dados referentes ao tempo que os consumidores freqüentam a Avenida.
91% dos consumidores da Avenida Vinte e Oito de Abril no município de Ipatinga , apenas 6% dos consumidores são provenientes de outras cidades, outros 3% são provenientes de outros estados, que quando vêem à região, fazem questão de realizar compras na Avenida Vinte e Oito de Abril.
Onde os consumidores colocam em primeira necessidade há uma grande procura dos consumidores por lojas de roupas (31%) e lojas de sapatos (22%).
Com uma significativa participação na economia do Município, a Avenida Vinte e Oito de Abril é sustentada pelo fluxo de pessoas, que estão cada vez mais consumindo. 52% dos consumidores freqüentemente vão Avenida Vinte e Oito de Abril para compras, os outros 48% às vezes compram na Avenida Vinte e Oito de Abril.
Os consumidores freqüentadores da Avenida relatam que 58% dos funcionários das lojas tem um atendimento “bom”, 39% tem um ótimo atendimento e 3% não estão satisfeitos com o atendimento realizado pelos funcionários das lojas da Avenida. Apesar do atendimento precisar de melhorias, 58% dos consumidores estão satisfeitos com a estrutura da Avenida, pois sempre encontram o procuram, por outro lado, 42% dos consumidores às vezes encontram o que procuram. Esses consumidores são atraídos de várias formas pelas lojas, essas lojas propiciam facilidades para os consumidores efetuarem suas compras, 71% dos consumidores utilizam como forma de pagamento á prazo, e apenas 29% dos consumidores preferem o pagamento de suas compras á vista. Os consumidores encontram nos fixos da Avenida Vinte e Oito de Abril, várias maneiras para compras. 47% no universo dos consumidores que preferem compras à prazo escolhem o pagamento através do carnê.
Apesar da concorrência que os fixos da Avenida tem com o comércio informal, os consumidores que freqüentam as lojas da Avenida estão cientes disso, e relatam que a diferença entre as lojas regulamentadas e o comércio paralelo, está na qualidade dos produtos e formas de pagamento oferecidos pelas lojas.
Há uma grande preferência dos consumidores pela Avenida Vinte e Oito de Abril em relação ao Shopping, sendo que 86% dos consumidores preferem realizarem suas compras na Avenida Vinte e Oito de Abril, devido á uma série de fatores que colocam a Avenida como centro comercial de suma importância, sendo destaque nessa escolha, os preços dos produtos.
Fonte: Ipatinga Cidade Jardim
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